13 janeiro, 2011

Resenha: O Apanhador no Campo de Centeio, J.D. Salinger

Vou falar de um livro que se você ainda não leu, levante a bunda da cadeira, vai no sebo/livraria mais próximo e VÁ LER. Não só porque é um dos meus livros preferidos, mas porque é um dos livros mais importantes da literatura americana.


Sinopse: À espera no centeio (O Apanhador no Campo de Centeio na edição brasileira) narra um fim-de-semana na vida de Holden Caulfield, jovem de 16 anos vindo de uma família abastada de Nova York. Holden, estudante de um reputado internato para rapazes, volta para casa mais cedo no inverno depois de ter recebido más notas em quase todas as matérias e ter sido expulso. No regresso a casa, decide fazer um périplo adiando assim o confronto com a família. Holden vai refletindo sobre a sua curta vida, repassa sua peculiar visão de mundo e tenta definir alguma diretriz para seu futuro. Antes de enfrentar os pais, procura algumas pessoas importantes para si (um professor, uma antiga namorada, a sua irmãzinha) e tenta explicar-lhes a confusão que passa pela sua cabeça. Foi este livro que criou a cultura-jovem, pois na época em que foi escrito, a adolescência era apenas considerada uma passagem entre a juventudade e a fase adulta, que não tinha importância. Mas esse livro mostrou o valor da adolescência, mostrando como os adolescentes pensam.

Título: The Catcher in the Rye (USA), O Apanhador no Campo de Centeio (BR)
Autor: J.D. Salinger
Editora: Editora do Autor
Nº de páginas: 207 páginas

O Apanhador é um daqueles livros que todo mundo leu e tem orgulho disso. O romance mais famoso de Salinger fala sobre a adolescência de Holden em 1950.
Primeiramente, nunca tinha me envolvido muito com o personagem de Holden, achava ele um chato que odiava tudo. Depois percebi que sou igualzinha a ele e isso me fez gostar mais ainda do livro.
Acho que o ponto forte dessa narrativa é que ela se parece demais com a realidade. O jeito que é escrita (não que eu saiba como os adolescentes se comportavem nos anos 50), as gírias usadas, a maneira como Salinger descreve os pensamentos a as ações de Holden, é tudo muito real.
"Seja lá como for, fico imaginando uma porção de garotinhos brincando de alguma coisa num baita campo de centeio e tudo. Milhares de garotinhos, e ninguém por perto - quer dizer, ninguém grande - a não ser eu. E eu fico na beirada de um precipício maluco. Sabe o quê que eu tenho de fazer? Tenho que agarrar todo mundo que vai cair do abismo. Quer dizer, se um deles começar a correr sem olhar onde está indo, eu tenho que aparecer de algum canto e agarrar o garoto. Só isso que eu ia fazer o dia todo. Ia ser só o apanhador no campo de centeio e tudo. Sei que é maluquice, mas é a única coisa que eu queria fazer. Sei que é maluquice."

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